Aos alunos do primeiro ano o trabalho solicitado que compõe a última nota consiste na escolha de um tema e realizem um roteiro de entrevista, que faz parte da pesquisa qualitativa, sobre determinado assunto da escolha dos alunos e apliquem esse roteiro com uma pessoa e tentem interpreta-lo.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Para os alunos do 2 ano dicas sobre o trabalho
Vocês devem pesquisar sobre o trabalho no regime de acumulação ou modo de produção Taylorista, fordista e na era da acumulação flexível. Dicas:
O trabalho no modo de produção taylorista caracteriza-se pela grande divisão do trabalho, veja o que diz o site infoescola: "Taylorismo é uma concepção de produção, baseada em um método científico de organização do trabalho, desenvolvida pelo engenheiro americano Frederick W. Taylor (1856-1915). Em 1911, Taylor publicou “Os princípios da administração”, obra na qual expôs seu método.
A partir dessa concepção, o Taylorismo, o trabalho industrial foi fragmentado, pois cada trabalhador passou a exercer uma atividade específica no sistema industrial. A organização foi hierarquizada e sistematizada, e o tempo de produção passou a ser cronometrado."
No modo de produção fordista, segundo o site brasil escola: empresa “Ford Motor Company”, Posteriormente, ele inovou com o processo do fordismo, que, absorveu aspectos do taylorismo. Consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão-de-obra. Ele adotou três princípios básicos;
1) Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.
2) Princípio de Economia: Consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação.
3) Princípio de Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção.
Regime de acumulação flexível: A acumulação flexível de capital, na concepção de D. HARVEY, representa um "confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apoia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo. Caracteriza-se pelo surgimento de setores de produção inteiramente novos, novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo, taxas altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica e organizacional.
O trabalho no modo de produção taylorista caracteriza-se pela grande divisão do trabalho, veja o que diz o site infoescola: "Taylorismo é uma concepção de produção, baseada em um método científico de organização do trabalho, desenvolvida pelo engenheiro americano Frederick W. Taylor (1856-1915). Em 1911, Taylor publicou “Os princípios da administração”, obra na qual expôs seu método.
A partir dessa concepção, o Taylorismo, o trabalho industrial foi fragmentado, pois cada trabalhador passou a exercer uma atividade específica no sistema industrial. A organização foi hierarquizada e sistematizada, e o tempo de produção passou a ser cronometrado."
No modo de produção fordista, segundo o site brasil escola: empresa “Ford Motor Company”, Posteriormente, ele inovou com o processo do fordismo, que, absorveu aspectos do taylorismo. Consistia em organizar a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, os transportes, a formação da mão-de-obra. Ele adotou três princípios básicos;
1) Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.
2) Princípio de Economia: Consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação.
3) Princípio de Produtividade: Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produção.
Regime de acumulação flexível: A acumulação flexível de capital, na concepção de D. HARVEY, representa um "confronto direto com a rigidez do fordismo. Ela se apoia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo. Caracteriza-se pelo surgimento de setores de produção inteiramente novos, novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros, novos mercados e, sobretudo, taxas altamente intensificadas de inovação comercial, tecnológica e organizacional.
domingo, 14 de novembro de 2010
Cidadania - PARA OS ALUNOS DO TERCEIRO ANO E DO EJA
A etimologia (origem) da palavra cidadão remete à cidade (do latim civitas, que, no mundo romano, corresponde a pólis, a Cidade-Estado dos gregos). Na baixa idade média (sécs. XII a XV), os servos fugiam dos feudos para as cidades onde não precisavam estar presos a terra, assim, a autonomia das cidades medievais transformou-as num lugar privilegiado para o exercício da liberdade. A Liberdade é entendida, nesse período, como libertação da servidão, isto significa que na origem a idéia força de cidadania diz respeito à idéia de liberdade. Vale ressaltar que as cidades, nessa época, representam o início do comércio e, assim, do sistema capitalista de produção.
O conceito de cidadão se transformou durante os diversos períodos da história. Deve-se ressaltar a importância da formação do Estado absolutista, para a formação dos direitos do cidadão. Com a formação do Estado absolutista (todo poder é do rei) várias filósofos e pensadores começaram a escrever sobre a importância de limitar o poder “a separação dos poderes” (Montesquieue; Locke); Os direitos naturais, a democracia ou a soberania popular (Rousseu).
Jean – Jacques Rousseau (1712-1778) é um dos teóricos do Iluminismo e seus escritos foram importantes para a constituição da cidadania. O iluminismo pegava carona num processo histórico iniciado com o Renascimento desenvolvido entre os séculos 13 e 17. O renascimento atribuía importância para a razão, a individualidade, o humanismo e o sentimento de emancipação do homem contra as “velhas formas de se viver” (refere-se à idade média), o iluminismo pregava as idéias renascentistas além da crítica ao Estado Absolutista.
As idéias iluministas impulsionaram a Revolução Francesa (1789) que culminou na queda do Estado Absolutista e no advento da democracia. Assim, a revolução francesa foi de suma importância para colocar no centro da política o conceito de cidadania. Após a revolução a assembléia nacional constituinte aprovou a declaração universal dos direitos do homem e do cidadão, com artigos de proteção as liberdades individuais e aos direitos humanos. Essa carta seria a base para as futuras legislações do gênero, sobretudo a Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, três anos após o fim dos horrores praticados durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Naquele momento de reconstrução mundial, discutia-se com profundidade a questão dos direitos, da diversidade e da cultura.
A discussão acerca dos direitos não se pautou apenas na esfera política, mas também vários intelectuais passaram a discutir a cidadania. O antropólogo Claude Lévi Strauss (1908-2009) publicou o livro raça e história (1952), cujas ideias destruíram de vez o conceito de raça superior. Mas foi outro autor da sociologia, Thomas H. Marshal (1893-1981) que sistematizou o conceito de cidadania e revelou o desenvolvimento histórico dos três tipos de direitos: civis, políticos e sociais. Assim, de acordo com a sociologia a cidadania pode ser dividida em:
Direitos | Contexto histórico | O que garante |
Civis | Surgiram no século XVIII, com a declaração dos direitos do homem (1789) e a Constituição Francesa (1791). | Liberdade Individual – liberdade de ir e vir, liberdade de imprensa, pensamento e fé, o direito à propriedade e de concluir contratos válidos e o direito à justiça. |
Políticos | No século 19, no bojo da concretização do Estado de Direito | Direito a participar no exercício do poder político, como um membro do organismo investido da autoridade política ou como eleitor dos membros de tal organismo. |
Sociais | Obtidos no século XX, mas que estão em fase de ‘consolidação’ em diversos países periféricos. | O elemento social se refere a tudo que vai desde o direito a um mínimo de bem-estar econômico e segurança ao direito de participar, por completo, na herança social e levar a vida de um ser civilizado (...) As instituições ligadas a eles são o sistema educacional e os serviços sociais. |
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Os diversos modos de produção e, portanto, as mudanças no mundo do trabalho e da sociedade
PARA OS ALUNOS DO 2 ANO - COLÉGIO GENESCO
Toda atividade humana que resulte em bens ou serviços é considerada trabalho. É trabalho, tanto a atividade do operário de uma indústria quanto à do engenheiro que projeta os bens a serem produzidos. Mas as formas de organização do trabalho se diferenciaram ao longo da história e a nossa tarefa aqui é compreender os diferentes modos de produção, isto é, a forma como a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e como os distribui.
Cada sociedade tem seu modo de produção, este é constituído por fatores dinâmicos, que estão em constante mudança: as forças produtivas, que se modificam com o desenvolvimento dos métodos de trabalho, com o avanço tecnológico e científico; e as relações de produção, também sujeitas a transformações, embora mais lentas. Com o tempo, o desenvolvimento das forças produtivas acarreta mudanças e até rupturas (por meio de revoluções) nos modos de produção. Na sequência estabelecida por Karl Marx, os grandes modos de produção teriam sido: antigo (escravista), asiático, feudal e burguês moderno. É claro que após a morte de Marx novas formas de organização do trabalho se constituíram e também vamos abordá-las. Nesse momento, elegeremos os principais modos de produção:
1. Comunidade Primitiva: As pessoas trabalhavam em estreita cooperação. A terra era o principal meio de produção. Tanto ela quanto os frutos do trabalho eram propriedade coletiva, comunal, isto é, de todos. Não existia a idéia de propriedade privada dos meios de produção. Não havia propriedade, de um lado, e trabalhadores de outro. As relações de produção eram relações de cooperação. As formas de organização social eram as da comunidade baseada em laços de parentesco.
2. Escravista: não se sabe exatamente como e quando ocorreu em alguns lugares a dissolução da comunidade primitiva e quando surgiram as primeiras formas de escravidão. Sabe-se, porém, que a guerra entre comunidades e povos propiciou prisioneiros que foram rapidamente escravizados. Na sociedade escravista, os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os escravos eram propriedade do senhor. O escravo era considerado um instrumento, um objeto, como um animal ou uma ferramenta. Um pequeno número de senhores explorava a massa de escravos, que não tinha nenhum direito. O modo de produção escravista caracteriza duas importantes sociedades: a grega e a romana da Antiguidade Clássica.
3. Na abordagem de Marx e Engels, o modo de produção asiático predominou na Índia e no Egito da Antiguidade, bem como nas civilizações pré-colombianas dos incas (nos países andinos da America do sul), maias (leste do México) e astecas (do México à Nicarágua). Trata-se na verdade, de sociedades fechadas, equipadas com um Estado forte e uma burocracia eficiente, capaz de manter o poder total do Estado, ao qual a sociedade estava subordinada. No modo asiático de produção, os meios de produção e a força de trabalho pertenciam ao Estado, encarnado no imperador. Abaixo dele, o grupo mais poderoso era o dos administradores públicos, que atuavam em nome do Estado.
4. Modo de produção feudal: predominou na Europa Ocidental entre o século VIII e o século XVI. Durante a idade média nem todos os países europeus experimentaram o feudalismo como modo de produção dominante, foi o caso de Cidades-Estado Italianas Veneza, Florença e outras voltadas para o comércio e da península Ibérica (Portugal e Espanha) que passou quase todo o período medieval sobre o domínio mulçumano. As relações de produção no feudalismo baseavam-se sobretudo na propriedade do senhor sobre a terra e no trabalho agrícola do servo. Assim, sociedade feudal estruturou-se basicamente sobre a divisão entre senhores e servos, embora existissem outros grupos sociais, como o dos mercadores, religiosos e artesãos. Os servos tinham uma condição muito inferior nessa sociedade, mas não viviam como os escravos. Tinham o direito de cultivar um pedaço de terra, mas não podia comprá-la ou vendê-la.
5. Modo capitalista de produção: relações assalariadas de produção e a propriedade privada dos meios de produção.
sábado, 23 de outubro de 2010
O Idoso na sociedade contemporânea - Tatiele Pereira de Souza
Pensar a questão do envelhecimento em uma sociedade capitalista significa localizá-lo, no âmbito da análise das relações de produção, do mercado de consumo e das representações sociais sobre a categoria velhice e porque não, das representações sobre o corpo que esta sociedade atribui significado.
Analisar sociologicamente a categoria velhice exige primeiro, saber como essa categoria é criado. Guita Debert (1999), em seu livro “A Reinvenção da Velhice”, se apóia em Pierre Bourdieu, a afirmação de que: “As categorias de idade são criações arbitrárias que se modificam de acordo com as diferentes sociedades”. Nesse sentido os significados e assim as representações sociais, a maneira como a sociedade pensa questões como a idade, são culturalmente construídas, não são dados da natureza.
De acordo com a autora Guita Debert, a idade cronológica baseada num sistema de datação, é nas sociedades ocidentais um mecanismo básico de atribuição de status como a maioridade legal, papéis ocupacionais como a entrada no mercado de trabalho e formulando demandas sociais como a criação das aposentadorias. Estas diversas formas de classificação da vida estão atreladas a um modelo de produção em que o econômico, a valorização da produtividade e do consumo são de suma importância. Nesse sentido a valorização do jovem em detrimento do velho, pode ser entendida já que o jovem é o individuo que está em plena atividade produtiva.
Segundo Clarice Peixoto (2003), no Brasil as novas imagens da velhice chegam ao final da década de 60, recuperando a noção de idoso em detrimento da palavra velho. Em todas as sociedades industriais a partir da criação da aposentadoria o ciclo de vida é reestruturado, estabelecendo-se três grandes etapas: a infância e a adolescência como tempo de formação, a idade adulta como tempo de produção e a velhice como idade do repouso.
Outro ponto importante que está relacionado a esse modo de produção e a cultura de nossa sociedade são as representações sociais em tomo da beleza, a busca do corpo perfeito, sempre ligado a jovialidade. Mirian Goldenberg no livro “De Perto Ninguém é Normal- Estudos sobre o corpo, sexualidade e desvio na cultura brasileira” realizou uma pesquisa com homens e mulheres no Rio de Janeiro, onde mostra como o corpo tem um significado importante para as relações afetivosexuais e em determinados comportamentos que podem ser interpretados como fruto de uma cultura que valoriza excessivamente a aparência, a juventude e a forma física.
Envelhecer em uma sociedade com esses valores se torna uma experiência negativa, no entanto, com a implementação de direitos sociais como a aposentadoria, o que está ocorrendo de acordo com Guita Debert (2003), é a reinvenção da terceira idade e a resignificação da questão do idoso em nossa sociedade. De acordo com a autora a invenção da terceira idade é fruto do processo de socialização da gestão da velhice, nesse sentido o idoso sai da situação de decadência e pobreza e passa para um tempo privilegiado, para exercer atividades de lazer fora dos constrangimentos do trabalho e da família.
Esses idosos que conseguiram se aposentar passa a ser alvo do mercado de consumo, que vê neles a possibilidade de um consumidor ou de uma classe de consumidores em potencial, o que se vende é a busca pelo não envelhecimento, pelas fórmulas para se rejuvenescer, ou retardar o envelhecimento, o que se propõe ao idoso é que ele viva de acordo com o estilo de vida do jovem, o que é aceito e considerado como “bom” em nossa sociedade. Nesse sentido, a sociedade, atribui aos idosos que não vivem essa fase por motivo de saúde, por exemplo, ou por que a aposentadoria é irrisória, a responsabilidade negativa do envelhecer, atribuindo o “problema da velhice” para a responsabilidade individual.
Vale lembrar que essa resignificação que os mercados de consumo ajudaram a construir não está acessível a todos os idosos, pois, em uma sociedade como a nossa existem vários níveis de hierarquização e, como ressalta Guita, transformar os problemas da velhice em uma responsabilidade individual é propor políticas publicas precárias, intensificando a hierarquia social. As concepções destacadas a cima nos leva a pensar os conceitos de cidadania e política importantes para se entender temas da atualidade, como a regulamentação e aprovação do Estatuto do Idoso. A política entendida como a luta para se manter, controlar e obter o poder nas suas diversas manifestações e a cidadania como a implementação dos diversos direitos.
As associações e conselhos dos idosos foram importantes para a consolidação dos direitos sociais como a regulamentação do Estatuto do Idoso. Silvana krause e Denise Paiva (2002), “No texto Noções Preliminares sobre Política”, Os direitos humanos que tem como origem a Declaração universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, instituída na Assembléia Nacional Da França em 1789, que declarava o direito à igualdade e à liberdade para todos os homens, foram de suma importância para a constituição da cidadania que tem por definição o exercício pleno de um conjunto de direitos civis, políticos e sociais.
Esse principio de igualdade permitiu que se lutasse e expandisse a noção de direitos humanos ocorrendo uma crescente e constante luta das minorias pela igualdade, essas minorias podem ser étnicas, raciais, sexuais e também de categorias de idade. A luta por esses direitos ajudaram a implementar o Estatuto do Idoso, que não apenas regulamenta o direito dos idosos, mas também reflete o tratamento da sociedade com relação estes. sociedade com relação estes.
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